terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Alfabeto Fenício e Tábuas de Ugarit


As Tábuas de Ugarit foram intensamente pesquisadas e estudadas por um grande número de escolares clássicos de história antiga, incluindo os professores Charles Virolleaud, Hans Bauer, Dhorme, Dussaud, e Nougayrol. Através da pesquisa árdua desses homens, em 1948, todos os vinte e oito caracteres do alfabeto cuneiforme Fenício foram corretamente identificados. Das 28 letras, 26 eram consoantes. Essa Tábuas de Ugarit continham o primeiro alfabeto da historia humana.
Em contraste escritos Sumérios, Akkadios e Mesopotâmios contém centenas de símbolos gráficos separados, cada um representando uma palavra completa ou sílabas. Para complicar as coisas ainda mais, Os Hieroglifos Egípcios combinavam pictogramas, ideogramas, e letras de forma alfabética, todos no mesmo sistema: o que fazia o processo de escrever uma tarefa mais difícil. Esses Hieroglifos precederam o alfabeto cuneiforme de Ugarit em aproximadamente 2000 anos.
Os Fenícios eram na realidade Cananeus; foram os Gregos que os nomearam "Fenícios", significando vermelho-sangue, devido ao colorido das roupas usadas por seus marinheiros. A coloraçao era única, e sua técnica de manufatura era cuidadosamente guardada em segredo pelos Fenicios. Essa cor brilhante se tornou uma marca registrada Fenicia, conhecida como "Roxo Tirian", que é a origem do "Roxo-Real", uma cor distinta que sobrevive até os dias atuais.

domingo, 28 de outubro de 2007

Poetisar ou Poetizar?


Eu estava na dúvida e resolvi pesquisar. Não é que Poetizar é com "z"? Então aí vai a matéria que tirou a encucação da minha cabeça:


Verbos em ISAR e IZAR


Não se perde por escrever corretamente. Mas os dicionários nem sempre estão à mão para dirimir dúvidas. Na hora do sufoco, tem-se de partir para uma solução de cabeça. E aí, quando o problema é decidir entre o s ou z dos verbos da 1ª conjugação terminados em isar ou izar, pode ser útil este lembrete: a diferença está na palavra de que eles derivam.
Primeiramente, os verbos em "isar" são derivados de nomes (radicais) terminados em -is [com respectivos sufixos ou desinências, conforme o caso]. Aqui "ar" não é sufixo: é sim a terminação verbal da 1ª conjugação, que agregada a um radical terminado em -is forma os "verbos em isar" de que estamos tratando. Para exemplificar: agregando-se "ar" ao substantivo anis tem-se o verbo ANISAR; a íris, IRISAR e assim por diante. Para distinguir esses verbos daqueles escritos com z (de izar), pode-se fazer sua associação com o substantivo aparentado. Se o nome é grafado com is, o verbo também o será:
alisar / liso analisar / análise avisar / aviso bisar / bis divisar / divisão frisar / friso, frisa
Porém escreve-se DESLIZAR porque este verbo vem de deslize.
Os verbos terminados em izar, por sua vez, formam-se de nomes (adjetivos, principalmente) aos quais se agrega o sufixo izar, que significa "tornar, transformar em". Assim sendo, de visual + izar formamos VISUALIZAR; de neutro, NEUTRALIZAR; de tranqüilo, TRANQÜILIZAR; de harmonia, HARMONIZAR.
Nessa passagem são feitas adaptações gráficas [acréscimo, eliminação ou mudança de letras] exigidas pela gramática, com as quais normalmente já estamos familiarizados. Para exemplificar: robô -> ROBOTIZAR; simpático -> SIMPATIZAR; permeável -> PERMEABILIZAR; ênfase -> ENFATIZAR; padrão -> PADRONIZAR; catequese -> CATEQUIZAR.


Exemplos diversos:


formal - Formalizamos o acordo.
oficial - O noivado será oficializado no domingo.
álcool - Pessoas alcoolizadas estragaram a festa.
canal - Todos os recursos foram canalizados para essa obra.
local - Precisamos localizar os documentos.

urbano - Urbanizar a periferia é sua promessa.
estéril - O médico mandou esterilizar os instrumentos.
poético - Quero poetizar minhas horas.




Fica registrado o acerto, entretanto não mudarei o endereço virtual do blog porque muitos visitantes se perderiam, assim como os votos do Blogstars.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Poeta ou Poetisa?


Mosaico, na Pompéia

Como devemos chamar a mulher que escreve poemas? Poeta ou Poetisa?
Já escrevia Cecília Meireles, no poema Motivo:

"Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta".

Falamos antes sobre Safo - poetisa grega. Um exemplo dos seus escritos:
"Vieste, e fizeste bem. Eu esperava,
queimando de amor; tu me trazes a paz."
Safo

Foi casada com Kerdolas de Andros com quem teve uma filha, Kleis. Quase todos os resumos biográficos fazem referência à beleza de Safo, exceção ao Dicionário internacional de biografias que diz “Safo não era bonita, mas franzina e trigueira. Levou uma vida de extraordinária independência numa época em que a mulher grega vivia pudicamente retirada no gineceu”. Fato referido por todos é que sua casa, dedicada às musas, era freqüentada por mulheres desejosas de aprender música e poesia. Graças a esse fato e ao sentimento ardente de amor na sua poesia – muitos de seus textos foram dedicados a mulheres – correm lendas a respeito de sua vida íntima, de seus costumes, de sua dedicação e carinho ao mesmo sexo.

As ligações entre Safo e suas discípulas podem ser comparadas às de Sócrates e os seus.
Daí, talvez, tenha vindo o vocábulo "lésbicas".

"Basta-me ver-te e ficam mudos os meus lábios, ata-se a minha língua, um fogo sutil corre sob a minha pele, tudo escurece ante o meu olhar, zunem-me os ouvidos, escorre por mim o suor, acometem-me tremores e fico mais pálida que a palha; dir-se-ia que estou morta."

(canção composta por ocasião das bodas de uma de suas discípulas)


terça-feira, 16 de outubro de 2007

Calino e Mimnermo - Poetas Gregos

Calino (em grego, Καλλῖνος - Kallînos, na trans
literação) de Éfeso é um dos mais antigos poetas líricos gregos, viveu no início do século VII a.C. Escreveu elegias guerreiras - sendo considerado pelos antigos como o criador do gênero - nas quais se nota forte influência da poesia épica. Pouquíssimos fragmentos nos chegaram.
Mimnermo (em grego, Μίμνερμος - Mímnermos, na transliteração) viveu em Cólofon ou Esmirna (630 - 600 a.C.), foi um flautista e poeta grego, considerado o criador da elegia amorosa e hedonista, onde, além de tematizar o desfrute do prazer amoroso, também reflete sobre a efemeridade da condição humana.
Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Hesíodo - Poeta Grego


Hesíodo (em grego, Ἡσίοδος) foi um poeta grego do século VIII a. C., natural de Ascra, na Beócia. É autor de Obras e Dias, onde é exaltado o significado moral do trabalho.
Pobre camponês que levava uma vida dura e amarga.
Seu poema Teogonia é inteiramente dedicado à mitologia grega.
A obra é um relato da criação do universo e das gerações dos deuses, sendo de grande importância para o estudo dos mitos.


TEOGONIA, de Hesíodo


Sim bem primeiro nasceu Cáos
depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre, dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e
Tártaro mevoento no fundo do chão de amplas vias,
e
Eros: o mais belo entre deuses imortais, solta-membros, dos deuses todos e dos homens todos ele doma no peito o espírito e a prudente vontade.
Do Cáos Érebo e Noite negra nasceram.
Da Noite aliás Éter e Dia nasceram, gerou-os fecundada unida a Érebo em amor.
Terra primeiro pariu igual a si mesma
Céu constelado, para cercá-la toda ao redor e ser aos deuses venturosos sede irresvalável sempre.
Pariu altas
Montanhas, belos abrigos das deusas ninfas que moram nas montanhas frondosas.
E pariu a infecunda planície impetuosa de ondas o
Mar, sem o desejoso amor.
Depois pariu do coito com Céu: Oceano de fundos remoinhos e Coios e Crios e Hipérion e Jápeto e Téia e Réia e Têmis e Memória e Febe de áurea coroa e Tétis amorosa.
E após com ótimas armas Cronos de curvo pensar,
filho o mais terrível: detestou o florescente pai.
Pariu ainda os Ciclopes de soberbo coração: Trovão, Relâmpago e Arges de violento ânimo que a Zeus deram o trovão e forjaram o raio. Eles no mais eram comparáveis aos deuses, único olho bem no meio repousava na fronte. Ciclopes denominava-os o nome, porque neles circular olho sozinho repousava na fronte. Vigor, violência e engenho possuiam na ação.
Outros ainda da Terra e do Céu nasceram, três filhos enormes, violentos, não nomeáveis. Cotos, Briareu e Giges, assombrosos filhos. Deles, eram cem braços que saltavam dos ombros, improximáveis; cabeças de cada um cinquenta brotavam dos ombros, sobre os grossos membros. Vigor sem limite, poderoso na enorme forma.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Como Escrevemos?

Antigas letras do alfabeto grego pintadas num vaso.
Alphabet grec peint sur la panse d'une coupe attique à figures noires.
Musée archéologique national, Athènes, n°9146.


Tudo o que escrevemos são letras, que unidas formam palavras, que por sua vez, unidas a outras palavras, formam frases/sentenças. Assim, o que lemos e escrevemos faz sentido.

Todo mundo sabe que a reunião das "letrinhas" chama-se alfabeto.

O alfabeto grego é o mais antigo alfabeto conhecido a fazer uso de sinais para a representação das vogais.


Α αΒ β ϐΓ γΔ δΕ εΖ ζΗ ηΘ θ ϑΙ ιΚ κΛ λΜ μ

Ν νΞ ξΟ οΠ πΡ ρΣ σ ς ϲΤ τΥ υΦ φΧ χΨ ψΩ W ω

ALFABETO: Alfabeto é uma palavra de origem grega (alphabetos), através do latim (alphabetum), constituída pelas duas primeiras letras do alfabeto grego (alfa e beta, correspondentes às nossas letras A e B, respectivamente), e significa um conjunto de letras usadas para escrever. (fonte: Wikipedia)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Poesia Épica

No Olimpo, Atena serve vinho a Héracles. Detalhe de enócoa ática de figuras vermelhas em fundo branco do Pintor de Londres D 14. Data: -430. Londres, British Museum. Foto: Barbara McManus, 1986.
© The VRoma Project
IMAGINES



Você sabe o que é uma Poesia Épica?

"Epopéia" ou poesia épica é o gênero dos poemas homéricos (a Ilíada e a Odisséia), as mais antigas obras literárias européias conservadas.

Sua origem remonta talvez a antiquíssimos cantos e declamações em festivais religiosos e outras festas populares; pela alta qualidade literária, são a culminância de uma longa tradição de composições poéticas orais.

Embora retratem em grande parte a sociedade micênica foram, provavelmente, compostos somente no século -VIII, no fim da Idade das Trevas.
Para nós, os dois mais importantes autores de epopéias (poemas em versos épicos) foram
Homero (c. -750) e Hesíodo (c. -700).

A maioria de suas obras chegaram completas aos nossos dias e, além disso, tanto os comentadores da Antigüidade como os de hoje apontam sua superioridade sobre os demais.

A Ilíada, (gr. ΙΛΙΑΔΟΣ), poema épico tradicionalmente atribuído ao legendário poeta Homero (c. -750), tem mais de 15.000 versos. Os especialistas conseguiram identificar, neste pequeno fragmento de papiro de 89X45 mm, escrito em unciais, pedaços dos versos 311-327 do Livro XI.